“WOODSTOCK DOS ANOS 80”? Saiba o que foi o concerto Live Aid e confira os melhores momentos

Reprodução: debate

Por Carolina Barreiros

Live Aid foi um concerto filantrópico que aconteceu em 13 de julho de 1985, na Inglaterra e nos Estados Unidos simultaneamente, em que o dinheiro arrecadado foi destinado às regiões mais vulneráveis do continente africano. O Woodstock dos anos 80, ou melhor, uma mistura de Woodstock com o Concerto para Bangladesh, o encontro do espírito beneficente com o estado de espírito de uma geração. Estrelas do nível de reconhecimento de Bowie arrecadaram, assim, mais de 50 milhões de dólares.

Os dois shows – um em Londres, no estádio de Wembley, e outro no estádio JFK na Filadélfia – foram vistos por um público estimado em 1,6 bilhão. E o idealizador de tudo foi o cantor Bob Geldof, que liderou a banda Boomtown Rats nos anos 70; aliás o nome do concerto é uma alusão ao supergrupo Band Aid, que ele também ajudou a formar em 1984.

Bob Geldof. Reprodução: George’s Journal’s

Os Melhores Momentos

Joan Baez. Reprodução: Pinterest

Muitos artistas de grande porte estiveram presentes no evento, como Joan Baez que saudou as 100 mil “crianças dos anos 80” que lotaram o estádio JFK, na Filadélfia, comparando o evento a Woodstock. Ninguém reclamou.

E pela primeira vez depois de cinco anos, o Led Zeppelin se reuniu. Na bateria, Phil Collins substituiu John Bonham. Além disso, o  Live Aid foi pretexto para encontros únicos como o de Mick Jagger e Tina Turner, e reuniões relâmpago como a de Ozzy Osbourne e o Black Sabbath.

Led Zeppelin e Phil Collins na bateria. Reprodução: Louder Sound
Tina Turner e Mick Jagger. Reprodução: Rock Art Show
Ozzy Ousbourne cantando com o Black Sabbath . Reprodução: Metal Hammer.

A última atração da parte americana dos shows foi um encontro de todas as estrelas da maratona musical para uma versão meio desengonçada de “We Are the World”, puxada por Lionel Richie.

Sob um sol escaldante demais para os ingleses, o estádio de Wembley recebeu 72 mil pagantes de todas as partes do mundo – até bandeira brasileira viu-se lá. Mesmo quem estava longe conseguia acompanhar a ação do palco através de enormes telões. E os que sofriam com o calor recebiam duchas de mangueira. 

Dois falsos policiais ingleses anunciaram com pompa e reverência a entrada no palco de “Sua Majestade!”. Mas quem arrebatou a plateia de Wembley com hits como “Bohemian Rhapsody” não foi a mãe do príncipe Charles, mas “outra” rainha – o Queen de Freddie Mercury, que mais uma vez provou sua popularidade regendo 144 mil braços que imitavam o vídeo de “Radio Ga Ga”. O que torna esse show ainda mais icônico é que foi um dos últimos da banda.

Reprodução: Forbes

Depois de muitos concertos “de despedida”, o Who, mais uma vez, se reuniu para atualizar clássicos como “My Generation”. Haviam também bandeiras brancas com o nome do grupo e outras da Irlanda que tremulavam na recepção ao U2 de Bono Vox.

U2. Reprodução: Rolling Stone
Reprodução: The Who

Phil Collins e Sting foram os “fominhas” do Live Aid. O primeiro tocou e cantou com Eric Clapton e Led Zeppelin. Sting fez o mesmo com Dire Straits, que emprestou suas cordas vocais para uma versão fantástica de “Money for Nothing”. E os dois também se apresentaram juntos – acompanhados pelo saxofonista e clarinetista Branford Marsalis – em músicas como “Every Breath You Take”.

Phil Collins. Reprodução: 80’s Kids
Sting e Dire Straits. Reprodução: Inside Hook

Por fim, liderado por Bob Geldof e David Bowie, o coro formado por todo o elenco da parte inglesa do Live Aid encerrou sua participação com “Do They Know It’s Christmas”.  

 


Matéria originalmente publicada pela Revista Bizz em setembro de 1985. Disponível aqui.

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Reprodução: Prefeitura de Viçosa
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