COM VIDA – QUEM SOMOS

Laene Mucci

Coordenadora

Laene, ou palhaça Disparafusa (a depender de como você a encontra) gosta do contato com a natureza. Mexer na terra, cultivar, semear, cuidar dos animais de sua chácara é o que a tem mantido ligada à alegria, que para ela também significa força. Laene sente falta de viajar, sente falta do mar e tem tentado criar o equilíbrio entre não assistir aos noticiários e se manter atualizada dos últimos acontecimentos do mundo. A realidade mundial a faz perceber como cada broto de girassol aberto é uma dádiva da vida e como é importante o cuidado com o outro. E se ela é, também, um ser tão ligado a pessoas, por que não criar um projeto que oferecesse espaço para as pessoas falarem de si em um momento em que todos estão adoecendo, tão isolados… ?! O Com Vida é, então, um espaço de cura, de aconchego pra alma, de esperança e serve de lugar pra morrer de rir, chorar e se identificar…

– Por Francielle Barros, Jamília Lopes, Vitória Fernandes e Taynara Pena

Taynara Pena

Bolsista

Parece que eu sou? Parecia, éramos ambos tímidos. Com a sala vazia o cantar constante da chuva não bastou para dar vida ao recinto, salvo nós, não há.

Pergunto-me, qual sua cor? Posicionada na mesa docente, coberta unicamente com trajes escuros, recebia minhas perguntas com maior disposição antes vista, não recordo um antecedente semelhante. Antes quieta, agora como se fazendo presente a chuva, é como se lavasse o acanho de seu semblante. Não o acho estranho, na verdade entendo. Antes arriscaria azul, comum, agora não disponho de tanta certeza…

Logo nosso diálogo disputava espaço contra a melodia externa, uma disputa, que contra o cômodo cheio, não ocorreria. O mesmo cabelo mel serpenteado, pareceu-me conter outro rosto, antes quieta, agora como se fazendo diminuta a chuva, urgia um sorriso atípico, para os que pouco expressam ao todo, mais a expressar guardam no pouco. Desisto, não arriscaria um palpite.

O clima abrandou-se, um pequeno descanso celeste antes da próxima queda, decidiu aproveitar a oportunidade, mas antes, busquei uma conclusão. Sua cor é azul? Indaguei com a opção mais superficial, Não, E qual seria? Nenhuma. Não o acho estranho, mas não entendo, realmente nenhuma? Preto, ou talvez todas? Branco, não o sei. Fora do edifício, seguiu seu caminho junto à bicicleta e à sombrinha, a chuva retornara, e os tons escuros e claros do céu se uniram novamente em um, nenhum, o cinza.

– Por Guido Maroni

Camila Leão

Diretora de Marketing

Camila Leão Sabará, ou Cami, ou Mila, é comunicativa, pragmática, observadora e dona de uma alegria sem igual. Nasceu no interior de Minas Gerais em Congonhas, cidade pela qual tem muito carinho. Com o maior orgulho, fala que é filha de professores, característica que de certa forma definiu sua personalidade, já que sempre escutou e compartilhou histórias de sala de aula e os temas estudados dentro do ambiente de vivência da família, a academia. É a caçula e muito próxima do irmão, divide com ele a paixão pela música e pelo piano, a família grande com muitos primos e tios, e tem muito afeto por ela – seu sorriso sincero exprime seu carinho.

Aluna de Comunicação Social/Jornalismo, desde que se entende por gente sabe que seu curso de escolha seria esse, já que tem enorme gosto pela escrita, leitura, estudar e aprender. Apesar de ao longo desse caminho ter enfrentado algumas crises existenciais dentro da área e com as perspectivas de emprego, seus olhos brilham ao falar de Jornalismo e escrita.

– Por Julia Vargas

Beatriz Schuab

Sentadas lado a lado, uma mesa nos separava naquele momento da conversa. Beatriz Schuab ou para os íntimos, Bia. Desde bem pequena ama a leitura, sabe do refúgio que encontra no seu envolvimento com as palavras, logo, o seu amor por escrever nasce. Essas são suas práticas favoritas na vida, escrever ensaios pessoais, falar de si e criar algo novo. Aos poucos, começa a escrever sobre assuntos que nasciam da sua imaginação e sobre si mesma. Os ensaios pessoais são uma forma de desabafo e de lembranças. Escrever um ensaio tendo como protagonista o avô, lhe trouxe lembranças vivas para o texto. O amor incondicional pela família no seu tom de voz, firme, que mescla com a docilidade das palavras expressas. Essas são as suas memórias, a sua fortaleza e a sua base.

– Por Jamília Lopes

Júlia Vargas

Isso aqui tá mó várzea” exclama, gaxtando seu vocabulário. ‘Gaxtando’ com X no lugar do S, entregando as raízes Juiz de Foranas. O equilíbrio perfeito do aconchego mineiro e do charme carioca definem a menina sorridente que adentra a sala (vazia, como seu vocabulário único descreveu). 

Seu riso leve contagia, me pego sorrindo também. Sua mãe falava desde pequena “Júlia, você tem que sorrir, tem que mostrar os dentes”. Obedeceu, e não teve outra. A leonina (mas libriana de alma) nascida em Atibaia (mas criada em JF) está sempre a distribuir sorrisos sinceros. Com o delineado perfeito, sua marca registrada, chegou em Viçosa pra cursar Comunicação Social. “A vida aconteceu, e vim pra cá” conta, com uma risada que esconde mil histórias. 

Animada, afirma que é preciso viver. Com essa empolgação encara o jornalismo, profissão que escolheu seguir justamente para ouvir e contar histórias de diversos assuntos. Carrega essa energia e alto astral sempre que prepara uma playlist para cada mood, procura por filmes que ‘explodem a mente’, se apaixona pela natureza e seus bichinhos, e planeja ir ao máximo de festivais de música possíveis – é quando seu “coração bate diferente”. 

Anima um rolezinho com os amigos a qualquer hora! É nessas ocasiões que gaxta seu vocabulário, sempre com um ditado popular na ponta da língua, seguido de um sorriso alegre. Podia até estar uma várzea antes. Mas agora a risada abraça o cômodo – esse é o efeito Júlia Vargas.

– Por Camila Leão Sabará

João Vitor

João Vitor é do Maranhão, mas, com muita coragem, veio se aventurar sozinho em Minas Gerais. Fazendo Letras, ele, tímido, com olhar fugitivo e poucos movimentos, é calado quando tem pouca intimidade, mas à medida que vai se sentindo mais confortável, começa a se expressar mais, se empolgando ao contar algumas histórias e acontecimentos. Ele é boa companhia e simpático, e tem como gosto musical as bandas Twenty One Pilots, The Neighbourhood e Panic! At The Disco, mas sem deixar, claro, de apreciar e ouvir as músicas e estilos de seu estado. Carismático, ele segue a vida espalhando seu sorriso bonito, com a saudade de sua terra natal apertando seu coração maranhense e com sotaque que mostra suas raízes, mesmo a quilômetros de distância. Enfim, João Vitor é uma pessoa interessante, que cativa aqueles com quem conversa, amigável e charmoso com sua graça e beleza.

– Por Tiago Pereira

Marcelo Monteiro

De fato, há um “Q” de paciência em quem espera só encostado em uma bicicleta, encarando a luz que reflete na água. Sem qualquer movimento brusco ou aceleração desnecessária, nem um movimento repetitivo. Quem quer um lugar para conversar onde “possa ouvir o som da água”, parece de fato tranquilo. Bucólico, descreveram quando cada palavra que dizia vinha acompanhada de uma pausa. Como. Se. Deixasse. Cada. Palavra. Dançar. Em. Seus. Lábios. Mas seus olhos baixos de olhar firme convidam a uma profundidade maior que sua voz em tom neutro. E de fato, depois do primeiro silêncio, seguido de um suspiro, ele se torna profundo. Tinha tudo para ser “bucólico”. Não fosse pelo fato de achar monótonas as cidades pequenas ou pelo corpo tenso ao ouvir injustiças. Numa gargalhada contínua, daquelas de quem partilha segredos, percebo agora, que como a água que admira, de bucólico, Marcelo só tem a superfície. 

– Por Jefferson Junior

Luana Santos

Dona de olhos luminosos e um sorriso inebriante, Luana é uma jovem almejante pela educação que se encontrou no curso de Letras – Português-Espanhol na Universidade Federal de Viçosa. É conhecida por ser extremamente dedicada em tudo que se propõe a fazer, por se entregar de corpo, alma e MUITO, MUITO coração.  Aos 22 anos, Luana é sabedoria que marca, serenidade em meio ao caos. É fé que inspira. Louva a Deus pelo dom da sua vida e pelos encontros que Ele te proporciona. Pela mulher que se tornou e pela que ainda deseja se tornar. Pela coragem e ousadia de viver intensamente cada momento, ainda que incerto e difícil. Pela permissão que se dá de errar e acertar quantas vezes for necessário. Pelo acolhimento e aprendizado adquirido de sua família, que veio dela, que a gerou e que te ensina diariamente sobre a dádiva que é a VIDA.

– Por Rita Cristina

Jamília Lopes

Vontade de viver e aproveitar cada segundo, essa é Jamília. Aos 36 anos, é sinônimo de força, sabedoria e inspiração. Estar de pé antes das seis é sua forma de se ocupar a cada minuto do dia, cuidando da avó e do próprio desenvolvimento profissional e pessoal. A vida pode até ter colocado obstáculos em seu caminho, mas ela os encarou com fé e coragem, tirando de cada um deles algo positivo e uma oportunidade de viver uma experiência que nunca imaginou. Perto de concluir a faculdade de Jornalismo, Jamília conta seu fiel companheiro, o Tempo, para aproveitar tudo, a realização traz um brilho ao seu olhar quando ao afirmar: sou muito feliz com meu curso! Para ela, o ComVida é um meio de contar sua história e quem sabe motivar outras pessoas a explorar o lado bom de cada acontecimento.

– Por Beatriz Schuab

Beatriz Maena

Sempre soube que Beatriz havia ingressado na UFV em 2019, mas descobri que o jeito de andar quase saltitante em certos dias, tem ligação direta com o clima. O mesmo sol que ilumina o horizonte acende seu bom-humor e define a combinação de short e cropped do dia.

Bebendo bebidas baratas em cadeiras desconfortáveis, descobri sua paixão por Jem, Will, Julian, de Instrumentos Mortais, e outros personagens perfeitos aos quais os decepcionantes homens da vida real jamais irão se igualar.

Descobri que ela é filha de um lar amoroso do qual os olhos cheios de amor denunciam a saudade, fitando o horizonte ao falar do casal de irmãos com quem carrega as melhores memórias. Sempre soube que sua simpatia estava no aceno breve sempre que passava, mas descobri que sua risada sincera está na mão tapando a boca e na inclinação involuntária de seu corpo. Compilados da garota que não faz a menor ideia de todo potencial que carrega consigo. E que inevitavelmente irá descobrir.

– Por Ana Caroline

Isabella Andrade

Fones de ouvido pendurados no pescoço, tênis nos pés e um sotaque que entrega a sua origem paulista. Para quem vê de longe, Isabella é uma garota tranquila, mas, ao passar um tempo em sua companhia, dá pra ver que ela tem dentro de si uma espécie de eletricidade contagiante; está sempre pra lá e pra cá, fazendo algo e pensando em fazer mais. Isso não significa que tranquilidade não seja um adjetivo para Isabella: por vezes, ela entra em seu mundinho pessoal e escreve, pinta jardins de pixels em seu celular e escreve de novo, tudo isso sempre com os fones de ouvido, que só tira por uma boa história.

O que sei sobre ela não é muito, mas sei da sua visão poética sobre o mundo. Isabella tem uma maneira singular de olhar as coisas, não apenas vê-las, mas senti-las e saber, como ninguém, encontrar as melhores palavras para descrevê-las, desde uma chuva inesperada que cai em Viçosa a uma enxaqueca que insiste em martelar na sua cabeça.

– Por Kamily De Oliveira

Maianna Medeiros

Maianna é de Porto Firme, mas nasceu em Viçosa e também é baiana de coração. Na sua terra, mora com os pais e o irmão, mas volta e meia aparece uma criança gritando o seu nome. Os pequenos são uma das alegrias quando volta pra casa. A virginiana de lua em peixes, gosta do mundo lento feito balanço da rede, parado em um momento que não deveria ser engolido pela rotina. Aquele mundo em que as pessoas podem se conectar com o outro e com o que está além do material, onde possa experimentar meu café com calma e me contar da sua vida. Logo, não pode deixar de se sensibilizar ao ver o globo azul sendo forçado a girar cada vez mais rápido. Nesse mundo acelerado, ela tenta preservar seu ritmo próprio. Escrevendo no seu caderninho, atrasando para a aula, cozinhando na cozinha que é só dela e vendo os mesmos filmes (ainda que a Netflix insista em indicar novos). Muitas são as notas do seu ritmo único, feito o seu nome, que é acompanhado sempre pela nota “é com dois n’s”.

– Por Antônio Santos

Anna Maria

Anna Maria; às vezes Anna, às vezes Maria. Repleta de bilateralidades, se debruça em comédia e romance água com açúcar, mas assiste filmes e séries de terror “gostosinho”, (definição que dá, com risos logo em seguida), para distrair a mente de uma estudante que cursa os últimos períodos de Ciências Sociais, “finalmente”. O silêncio de dez segundos e uma dúvida pairam o ar: se relacionar com os outros ainda é uma incógnita, já que não se considera tão conectada às outras pessoas. A solidão para ela nunca foi um problema, mas uma dádiva. Aprecia estar sozinha num bar ou beber em casa. É possível ouvir ao fundo de sua fala uma música clássica -que sugiro ser algo semelhante ao Cisne Negro-, mas não se engane, plural que é, também ouve rock. Outra pausa, a música ao fundo está no clímax, ela suspira e conclui algo sobre si que a define em três palavras: “o corpo fala”. E ela usa isso ao seu favor, seja em seu estilo único ou em suas expressões corporais. Plural, se lembram?

– Por Emily Pereira

Tiago

Mineiro que já passeou algumas vezes por minha terra natal, o Maranhão, Tiago é um tanto reservado. E curioso que… nós dois somos tímidos (ao nosso modo), mas a conversa flui a todo momento – um ou outro dá o gancho para algum papo quando o silêncio cogita se aproximar. Soltamos sorrisos grandes, sem preocupação nenhuma, com a leveza de criança. São risos derivados de assuntos aleatórios, que vão desde o possível bronzeamento realizado por uma pessoa que (pasmem!) fraudou cota, até os métodos de avaliação adotados no curso dele – Jornalismo.

Ele aprecia sons nacionais pautados sobretudo em MPB, mais especificamente Letrux e Johnny Hooker, que são ótimos, por sinal! Provável que se sinta aéreo ao ouvi-los, assim como eu… Mas algo que ilustra uma diferença entre nós é a sua reação diante da aparição aleatória de uma capivara enorme que veio em nossa direção enquanto conversávamos de frente para o lago: eu me mantive sentado na grama como se não houvesse risco algum ao passo que Tiago abruptamente se afastou. Sensato, né? Imagina ser atacado por um bicho desses! Se bem que isso renderia uma boa indenização da UFV, não? (Aposto que vou arrancar um sorrisinho dele com esse fragmento.)

– Por João Vitor

Jefferson

A dúvida tomou conta do rosto, desviou a vista, a resposta foi indecisa. O porquê de estar sentado ali foi um questionamento inesperado, tinha gosto por se expressar, mas não apenas. Ao ouvir a oferta, a mente lhe disse não, ao mesmo que o corpo lhe disse sim, eis o porquê, ser diferente de quem havia sido, quem seria? Vejo apenas quem é agora, vibrante, trajado de verde e com cabelo marcante. Me pergunto onde estaria o amarelo em seu semblante, pra isso os olhos não servem, são os ouvidos que escutam sua animação pautada em cada resposta, remete ao sol que o alegra e as estrelas que o acalentam, isso sim nossos olhos reconhecem como amarelos.

– Por Guido Maroni

Kamily

Kamily tem aquele raro dom de ver as coisas. Não no sentido de enxergá-las, arrumar os óculos transparentes sobre seu pequeno nariz arrebitado, emoldurando seu rosto pálido com os aros estilosos e enxergar o que está à frente. Não, mais do que isso. Mais até do que olhar, passar seus olhos amendoados pelo entorno, observando tudo como se estivesse separada do mundo. Kamily é o tipo de pessoa que reconhece que faz parte das coisas e toma seu tempo em vê-las, em entendê-las, em reparar nelas.

Não a vejo engajando em nada com muita frequência. É uma garota bem amena, do tipo que tem opinião própria (uma muito bem estruturada), mas não dedica um segundo do seu tempo para fazer-se ouvir porque quem não quer ouvi-la. Eu levei algum tempo para a convencer que eu estava lá para ouvi-la e não me arrependo por nenhum segundo: Kamily é um doce e tem as melhores histórias. Agradeçam a oportunidade de lê-las sem a parte do esforço.

– Por Isabella Cardoso

Êmily Cristina

Menina sensível, natural de Ponte Nova, interior de Minas, Êmily cresceu na calmaria de uma cidade pequena. Sua paixão por literatura, fantasia e romance geraram uma poetisa. Enquanto ela relata seu sonho de criança de publicar um livro, sua voz vibra de emoção (podemos sentir sua paixão pela escrita). Gosta de estar na natureza, mas também aprecia a intensidade e o agito de cidades maiores. Persistente em tudo que se propõe a fazer, Êmily passou pela transição capilar e hoje exibe seu cabelo natural, com muito orgulho e felicidade. Na pandemia, ela tem passado os dias priorizando sua saúde mental, se distraindo e fazendo coisas que gosta, como escrever, ver séries e conversar com amigos por chamadas de vídeo. Sua esperança para dias melhores tem avançado junto com a vacinação contra o covid.

– Por Maria Fernanda

Antônio

Mineiro, natural de Janaúba e com 21 anos, Antônio é como um grande hipermercado, daqueles com tantos corredores que nos faz perder, que troca propositalmente sua rota na calçada só pelo prazer de pisar em folhas secas e escutá-las craquelando, arranhando num som quase parecido com o arrastar do R no seu sotaque norte mineiro.

É dono de uma mente tão brilhante quanto o sol que ilumina e aquece a sua estação favorita e, por isso, talvez chegue a ser engraçado dizer que dessa mesma mente nasçam contos nada ensolarados de terror. Mas o janaubense é grande o suficiente para ser versátil, é mais de um em si mesmo, para alguns é Antônio, para outros Henrique e, em sua própria cabeça, é a melhor junção dos dois. Agora, encontrando no seu curso o caminho que quer seguir – a diagramação – vive também o desafio de diagramar novas páginas para sua própria vida e criar uma rotina. Será que cabe nela? Independente da resposta, o “calouro de pandemia” já aprendeu que também pode encontrar, em coisas que antes não sabia, a estabilidade que almeja.

– Por Maianna Medeiros

Laura Beatriz

Laura Beatriz sempre foi uma menina comunicativa, faladeira que só ela mesmo! Desde pequena se envolveu em diversas expressões de arte diferentes como o balé e o canto que amava. A sua imaginação fértil foi essencial para que Laura tivesse uma infância cheia de boas memórias. Ao lado de sua mãe e seus primos, morou por muitos anos em um bairro longe do centro de Viçosa, sua cidade natal. Quando a pequena Laura teve que enfrentar o ENEM e a escolha de fazer faculdade, ela nem pensou duas vezes. Tinha um curso melhor do que Comunicação Social? Com o apoio de sua família e muita garra, ela passou de primeira na faculdade que traria tantas experiências boas, e algumas ruins também. Hoje, quando você conhece a Laura, consegue ver que sua paixão pela comunicação é indiscutível. E a menina que nunca parava quieta, se tornou uma mulher que torna seus sonhos em objetivos. 

– Por Isabelle Braconnot

Ana Caroline

Diz ela ter o nome sem graça. Segundo o Google, Ana é o segundo nome mais comum no Brasil. Talvez não seja difícil encontrar Anas por aí, mas Ana Caroline Souza Silveira é claramente um privilégio de achado.
Ela veio de Presidente Bernardes, cidadezinha pequena que não reflete na sua personalidade grandiosa. Sentada embaixo de uma árvore, Ana mantém o rosto sempre de encontro à brisa, porque sentir o toque fresco e os cachos do cabelo oscilando pelo sopro do vento a faz se sentir viva. Quando o assunto é futebol, é fiel na paixão pelo Corinthians e ai de quem falar mal do alvinegro perto dela.
Quem a vê de longe, com seu coturno preto, piercing no septo e jeans rasgados não imagina a menina de coração doce, sorriso fácil e alma pura que é.

– Por Beatriz Fonseca

Passaram por aqui:

Gabriel Godoy

Apesar de ter muito a dizer àqueles que têm a paciência de esperar pelas suas calmas divagações, Gabriel Godoy não é muito de falar de si mesmo. Ele até admite que encontra dificuldade em falar (ou escrever) sobre suas experiências e sentimentos, o que me surpreende muito, ele sempre parece infinitamente aberto em tudo o que produz. Levou algum tempo para eu perceber que em muitos aspectos ele continuava um mistério, não importa o quanto confiasse em mim. É como uma charada à qual nos submetemos por diversão: gostar e conviver com o trabalho de Gabriel é se submeter à curiosidade para (pouco a pouco) ir recebendo respostas que são sempre melhores do que as nossas expectativas para elas.

– Por Isabella Cardoso

Francielle Barros

Francielle Barros, mineira da capital do estado, é decidida, prática, e quando quer fazer, faz, mesmo tendo conhecimento de que isso às vezes não é bom. Tem gostos diversos como ler, ir para festas e fazer reuniões em casa. Consciente das suas responsabilidades com os compromissos e afazeres domésticos, morava sozinha e tudo era seu dever. Antes da pandemia, podia sentir o aconchego dos amigos em Viçosa, presentes para lhe acompanhar nas saídas noturnas. Hoje, ela gosta do contato humano, mas tem a necessidade de ter seus momentos sozinha. Enquanto conversa, revela a admiração pelas três mulheres que são referências na vida: a mãe e as duas irmãs. Tem o pensamento e as atitudes do jeito de mulher empoderada e do jeito que o mercado de trabalho busca: agilidade e versatilidade. Francielle é uma menina, que cresce sem perceber!

– Por Jamilia Lopes

Ícaro Rafael

Ícaro Rafael, natural de Santa Bárbara, mas boa parte de sua vida vividos em Dom Silvério, Minas Gerais, 23 anos de idade. Ícaro gosta de música, tem um violão e uma guitarra e sabe tocar também saxofone e clarinete. Ainda mais novo, sua mãe o colocou na corporação musical da cidade onde moravam. Desde então, apaixonado por música, ele está sempre disposto a aprender todos os instrumentos possíveis. Além da música, ele se aperfeiçoou em técnicas de fotografia e tem se distraído com as leituras neste momento de isolamento devido a pandemia. Dedicando-se a cuidar do corpo e também da sua saúde mental/emocional, ele tem feito academia e terapia.     

Por Jamília Lopes

João Pedro Gazzinelli

A história de João Pedro é como um roteiro de vários filmes que passa por grandes percalços e glórias. Aquilo que já passou é lembrado com um sorriso de quem vai te contar uma piada, não importa se é a oitava temporada de Game of Thrones ou quando ele teve sarna. O roteiro vira um filme quando a narrativa surge em sua própria voz, ele sabe bem contar uma história, com clímax, reviravoltas e moral da história. Apesar desse talento, ele prefere a habilidade adquirida durante a pandemia: a de fazer uma boa lasanha de quatro queijos. O confinamento pandêmico trouxe também o dom de ser paciente e saber que não adianta ir para o fim se agarrando em tudo, para evitar o inevitável. O importante é viver no caminho. Um dia, o caminho acaba, mas uma coisa permanece perene, as histórias.

Por Lucas Moreira

Lucas Moreira

Apesar de todas as mudanças, Lucas não tem saudosismo algum com a vida de antes da pandemia. Afinal, mesmo antes da Covid levar centenas de milhares aos cemitérios, ele já enterrava pessoas queridas que partiam do seu convívio. Seu namoro terminou pouco após o falecimento do pai no ano anterior. Assim, foi só quando os casos da doença se multiplicaram e o mundo parou no tempo, Lucas relata com tom de alívio na voz, que ele pôde respirar fundo, desacelerar e administrar as perdas de 2019, através da própria perda da liberdade de se viver com a pandemia no ano seguinte. Foi assim, com a suspensão da vida que conhecíamos, que ele descobriu um novo Lucas dentro de si, mais maduro e mais forte, capaz de enfrentar mais desafios, mas, principalmente, preparado para experienciar o viver, independente das adversidades dispostas no caminho.

Por João Pedro Gazzinelli

Maria Fernanda

Aprecia um bom café feito na hora, ama Taylor Swift e se descobriu fã de rock. Três características breves definem quem é Maria Fernanda! Mafê, como é chamada pelos amigos, é fluminense de Campos de Goytacazes, onde ela aprecia viver pela tranquilidade e contatocom a natureza. Entre seus hobbies estão a leitura de textos e estudos acadêmicos (ela quer seguir carreira acadêmica). Mafê gosta de correr e se exercitar. Antes da pandemia costumava aproveitar os sábados à noite comendo pizza na companhia de seus amigos: uma combinação perfeita. Além disso, ela ama viajar e registrar esses momentos. Durante a pandemia, Maria Fernanda tem seguido determinada em manter sua mente e seus pensamentos saudáveis em vista do que estamos vivendo.

– Por Êmily Cristina

Vitória Fernandes

Dona de um olhar marcante e cabelos vermelhos como fogo, Vitória, que nasceu e cresceu em Ipatinga, Minas Gerais, desenvolveu uma paixão imensa por esportes, ao longo de seus 21 anos. Não contente em torcer apenas por um time, o seu coração bate por dois: Cruzeiro e Bayern de Munique. Mas a cruzeirense na pandemia, sente falta mesmo é das festas e da companhia fundamental das amigas e do namorado com quem sempre compartilhou bons momentos. Para aliviar esse período a leitura sempre foi um descanso para sua mente, e de tanto ler, ela passou também a exercer o gosto pela escrita, que trilhou seu caminho até a escolha do Jornalismo. Hoje, Vitória faz da sua futura profissão, um exercício de prazer aqui no COMVIDA.

– Por Taynara Pena