Com uma temática bem adolescente, a obra discute temas importantes e traz um entretenimento leve para o público
Em inúmeros filmes americanos que se passam no período colegial, o baile é tratado como um evento grandioso e sonho da maioria dos adolescentes, que esperam viver a melhor noite de suas vidas na despedida da escola. F The Prom não se diferencia muito dessa ideia nas expectativas causadas no público, mas propõe uma enorme quebra delas no decorrer de seu enredo. Seu principal atrativo é a crítica à toda essa idealização da necessidade de uma imagem perfeita e popular durante a juventude.
O foco da história é a amizade entre Maddy e Cole, amigos e vizinhos há anos, que se veem separados logo no início do high school por se juntarem a diferentes grupos e ganharem status muito contrastantes, enquanto o garoto passa a ser alvo de bullying e acaba mais isolado; a principal conquista espaço no topo social da escola e acompanha o lado dos valentões. Alguns anos se passam dessa forma, até que o grupo popular passa por uma enorme tensão devido a uma traição, que faz com que a jovem rompa seus laços e volte a se aproximar do vizinho com uma ideia muito inusitada de vingança: destruir o baile de formatura.
A partir desse ponto, mais personagens taxados como impopulares são apresentados ao público e geram discussões a respeito de até que ponto zombar de alguém é saudável, incluindo temas como compartilhamento de nudes, intolerância religiosa e homofobia nos atos realizados pelos “opressores”, o que impulsiona o desejo desses adolescentes terminarem seu ensino médio dando o troco naquele que os fizeram sofrer por anos. O plano é divertido e elaborado, trazendo um tom de comédia junto com a torcida para que seu objetivo seja alcançado.
Por se tratar de um filme sem muita profundidade intencional, F The Prom é uma boa recomendação para dias que exigem um conteúdo de humor mais leve, apreciando o gênero da obra e refletindo os pontos críticos como complementares para o desenvolvimento desse entretenimento divertido, até acolhedor pela forma como retrata a realidade por trás de tamanha idealização.
