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Entre Facas e Segredos não é só mais uma história de mistério

Rian Johnson faz deste longa uma homenagem aos clássicos filmes do gênero

O romancista criminal e patriarca de uma família rica aparece morto no dia seguinte de sua festa de aniversário. Todos os convidados se tornam suspeitos. Um detetive excêntrico é contratado de forma misteriosa para resolver o caso – que à primeira vista parece ser um simples suicídio. O enredo familiar aos fãs de Agatha Christie é apenas o início de uma história bem amarrada da primeira à última cena.

Diferente de vários filmes do gênero, o ponto de vista que liga o público não é a do detetive que investiga o caso, mas a enfermeira do milionário encontrado morto. Mas será se isso não tira um pouco a qualidade da narrativa de suspense? Não, eu lhe garanto que não. Desvendar o caso pelos olhos de Marta, na verdade, deixa tudo meio cômico – assim como conhecer os outros suspeitos, todos personagens extremamente caricatos. Tudo isso graças ao talentoso elenco, que conta com nomes como Ana de Armas, Daniel Craig, Toni Colete, Chris Evans, Michael Shannon, Don Johnson e Jamie Lee Curtis.

Entre Facas e Segredos vai além do que uma simples história de detetive. Rian Johnson, que foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original, encaixou no meio disso tudo uma explícita crítica social à política de imigração nos Estados Unidos. Ele também soube aproveitar o cenário e a direção de fotografia de Steve Yedlin para apresentar um filme fácil de acompanhar, mas sem deixar as soluções óbvias demais. O filme não peca no ritmo e ainda te entrega uma trama de tirar o fôlego.

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