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Salatiel Moreira – Focca http://www.jornalismo.ufv.br/focca Folha Online de Ciência e Cultura Sat, 31 Oct 2020 15:00:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.1.18 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/wp-content/uploads/2019/04/cropped-favicon-32x32.png Salatiel Moreira – Focca http://www.jornalismo.ufv.br/focca 32 32 Pesquisas de Conservação e Melhoramento Genético de Espécies Florestais Nativas http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/pesquisas-de-conservacao-e-melhoramento-genetico-de-especies-florestais-nativas/ http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/pesquisas-de-conservacao-e-melhoramento-genetico-de-especies-florestais-nativas/#respond Fri, 28 Jun 2019 02:14:37 +0000 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/?p=1206
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Por: Salatiel Olive

Antonio Carlos Vieira

Daniel Caixeta

Gabriela Gouveia

A Universidade Federal de Viçosa desde os primórdios até os dias atuais tem um papel de destaque no desenvolvimento de tecnologias voltadas para o desenvolvimento agrário. O ensino florestal em Viçosa teve início em 1927, após a inauguração da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV) em 28 de agosto de 1926, que contava, entre os seus 15 departamentos, com o Departamento de Silvicultura.

A Pós-Graduação em Ciência Florestal, na Universidade Federal de Viçosa, iniciou com o Mestrado em março de 1975 e em março de 1989 foi criado o Doutorado em Ciência Florestal.

Dados obtidos no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA) deixam clara a importância das florestas brasileiras nos contextos sociais, econômicos e ambientais, através de uma série de bens e serviços oferecidos. “Manter as florestas em pé está entre as linhas de ações prioritárias do MMA.” Destaca-se também a atuação do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), responsável por atividades como concessão e manejo sustentável nos biomas.

MAPA DE BIOMAS BRASILEIROS

 

 

De acordo com o SFB, cerca de 61% do território nacional é coberto por vegetação nativa, distribuída nos 5 biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal. Cada um destes biomas possui características particulares, englobando desde áreas de campos naturais a florestas densas.

 

O Serviço Florestal Brasileiro, no desenvolvimento de seus trabalhos e na elaboração dos relatórios nacionais e internacionais sobre os recursos florestais do país, tem considerado como floresta qualquer vegetação que apresente predominância de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) define que “florestas” são áreas que medem mais de 0,5 hectares, com árvores maiores que 5 metros de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ (no lugar).

Ainda segundo o SFB, O Brasil é o segundo país do mundo com mais áreas florestais. Com 463 milhões de hectares, o país perde somente para a Rússia. No Brasil, 17 de julho é o dia escolhido como o de proteção das florestas do País, data de suma importância para nos fazer refletir sobre os cuidados que devemos ter com a natureza.

 

 

De acordo com o site Brasil Escola, “o processo de desmatamento é um problema global, colocando em ameaça os recursos naturais, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico do planeta”. Define-se desmatamento como “o processo de remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área”. Quase sempre, a causa principal dos desmatamentos está associada a fins meramente econômicos, como a utilização comercial descontrolada da madeira das árvores, o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária, atividades de mineração e construção de barragens para hidrelétricas.

 

No mundo, os primeiros a intensificarem a prática de desmatamento foram os países desenvolvidos, visando o incremento de suas economias após a ascensão do sistema capitalista. Relatam que muitas florestas do hemisfério norte foram praticamente dizimadas.

 

 

Na atualidade, os campeões em desmatamento, são os países de economias emergentes, que por mais que tentem controlar, o processo sempre acaba avançando à medida que suas economias evoluem. Segundo o relatório da Global Forest Watch, atualizado pela Universidade Americana de Maryland, o Brasil foi o país que mais desmatou florestas primárias em 2018. “Foi 1,3 milhão de hectares desmatados no país em um total de 3,6 milhões de hectares no mundo. Infelizmente, o presente se desenha ainda mais sombrio neste aspecto: só em janeiro de 2019, o desmatamento da Amazônia cresceu 54% em relação ao mesmo mês de 2018.” É incrível também a velocidade com que ocorre o desmatamento no Brasil. Em 2018 isso ocorreu como se 150 campos de futebol de floresta nativa desaparecessem a cada hora. E isso é muito crítico, uma vez que a mata nativa é de importância ímpar para a sobrevivência da biodiversidade e redução do aquecimento global.

 

Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente são desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a perda não tão somente de vegetações, mas também de várias espécies animais, pois o seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode tornar-se ameaçado.

 

 

Outro grande problema verificado no Brasil, além do desmatamento é a degradação ambiental, presente em todos os biomas e regiões brasileiras, sendo mais intensa na Mata Atlântica, onde a ocupação humana é mais antiga. Dados do Departamento de Florestas do MMA apontam que o Brasil possui 140 milhões de hectares de áreas degradadas, isto é, terras abandonadas que são mal utilizadas ou estão em processo de erosão. Ainda segundo os especialistas do Ministério, caso essas áreas degradadas fossem recuperadas, não seria preciso derrubar mais nenhum hectare de floresta para a agricultura e a pecuária.

 

Antônio Aparecido Carpanezzi, pesquisador da Embrapa Florestas, cita que a recuperação de áreas degradadas é tema de vários projetos governamentais, entre eles o Programa ABC, que financia produtores rurais com esta finalidade. Segundo ele, “as metodologias de recuperação são pouco conhecidas, o que leva o produtor, muitas vezes, a cometer equívocos no processo de recuperação, perdendo um trabalho que leva anos para ser concluído”. É necessário que se conheça bem as características das espécies florestais adequadas e as formas de plantio que são fundamentais para o sucesso da recuperação. Para ele, o país conta com um passivo ambiental de áreas degradadas, áreas estas, antes utilizadas para agricultura e pecuária, e agora não mais usadas. Destaca que “a restauração florestal tem que ser vista como um cultivo, precisa ser planejada e empregar tecnologia”.

 

 

Recentemente, foi divulgado na mídia um trabalho desenvolvido no Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa sobre o desenvolvimento de tecnologia para produzir florescimento e frutificação de árvores nativas em tempo recorde, reportando a importância do método para a recuperação de áreas degradadas.

 

O autor da pesquisa, Gleidson Guilherme Caldas Mendes, membro do Grupo de Genética e Melhoramento Florestal (GenMFlor), falou-nos a respeito deste trabalho que foi o tema de sua Dissertação de Mestrado em Ciência Florestal, sob a orientação do professor Glêison Augusto dos Santos.

 

Segundo ele, “a exploração das florestas brasileiras tem ocasionado perdas em biodiversidade vegetal”. O certo é que, embora existam leis de proteção ambiental, que visam regulamentar os planos de manejo florestal, com critério para minimizar os impactos ambientais, grande parte das espécies que compõe nossas florestas são perdidas sem que tenham sequer sido estudadas. Perde-se assim, “diariamente, inúmeras possibilidades econômicas e sociais que a biodiversidade poderia trazer”.

 

É inegável a relevância das florestas nativas tanto do ponto de vista ambiental quanto aos aspectos sociais. Além de protegerem o solo, são responsáveis pela regulação do clima e pelo fornecimento de alimento e recursos florestais ao homem. “No entanto, ao mesmo tempo em que se identifica a relevante importância das florestas nativas, também se observa um progressivo processo de degradação desses ecossistemas, o que tem sido foco de preocupação internacional”.

 

Também não se pode contestar a importância das práticas de agricultura, exploração madeireira, construção de estradas, linhas de energia e hidrelétrica, mas tem-se que destacar que tais atividades devem ser planejadas para que se mantenha a sustentabilidade ambiental. “A falta de planejamento no uso dos recursos naturais tem como consequência seu esgotamento deixando-os indisponíveis para as futuras gerações”.

 

Em vista da grande demanda pela preservação ambiental, nos últimos anos muito se tem investido em reflorestamento com espécies florestais nativas. As agências ambientais brasileiras são responsáveis pelo licenciamento dos planos de manejo florestal e, tais concessões são feitas baseadas em critérios que buscam minimizar os impactos causados pela extração madeireira na diversidade de espécies florestais. No entanto, “para que haja sucesso nesses programas de reflorestamento, pesquisas voltadas para a geração de informações básicas como dinâmica desses ecossistemas, manejo e silvicultura, em especial na produção de sementes com algum grau de melhoramento, são necessárias, permitindo o estabelecimento de práticas que visem a sua conservação, recuperação e uso sustentável”.

 

A sobrevivência das espécies é seriamente ameaçada pela perda de diversidade biológica causada pelo desmatamento. Este fez com que ocorresse uma perda de mais de 90% do bioma da Mata Atlântica brasileira.

 

Ainda são escassos os investimentos em pesquisas voltadas para a seleção e melhoramento das espécies florestais nativas, visando o reflorestamento, se tornando uma grande desafio para o setor produtivo.“Nesse sentido, torna-se fundamental o desenvolvimento de estratégias de conservação e melhoramento genético que garantam a sobrevivência dessas populações, especialmente para as espécies endêmicas”.

 

Devido à relativa importância ecológica e econômica que as espécies florestais nativas exercem na sociedade, a proposta desse trabalho foi “estimar parâmetros genéticos para caracteres de crescimento e sobrevivência em um teste de progênies com seis espécies florestais nativas, para fins de formação de um banco de conservação genética, produção de sementes para reflorestamento, restauração florestal e melhoramento genético”.

 

Sabe-se que o melhoramento genético de espécies perenes necessita de um longo período, devido envolver vários ciclos de seleção e recombinação, sendo necessário cerca de 18 anos, como relatado para espécies do gênero Eucalyptus. “Através da propagação vegetativa, forma muito utilizada na silvicultura, pode-se antecipar a fase adulta dos indivíduos, o que permite a implantação de florestas com alta produtividade em áreas que antes eram consideradas inaptas, em virtude de limitações de material gênico”.

 

Um dos métodos de propagação vegetativa mais recomendado para as espécies tropicais visando à produção antecipada da floração para uso em programas de melhoramento genético, segundo o autor, é a enxertia. “As principais vantagens da técnica de propagação vegetativa pela enxertia são o florescimento precoce e copas com menores alturas, facilitando o trabalho de coleta de pólen, polinização e colheita de sementes”.

 

Foram utilizados como porta-enxertos neste trabalho mudas das espécies arbóreas nativas,  jacarandá mimoso, ipê roxo, mogno brasileiro, aroeira pimenteira, jequitibá rosa, sibipiruna e jacarandá. “As sete espécies quando propagadas vegetativamente via enxertia possuem desenvolvimento satisfatório e boa produção de brotações, que se traduz em maior vigor dos enxertos”.

 

 

 

Gleidson é taxativo ao afirmar que a técnica de enxertia aplicada às espécies florestais nativas “deve contribuir para futuros programas de conservação e melhoramento genético envolvendo espécies nativas, permitindo a melhor conservação de alelos com diversidade genética adequada e a custos compatíveis, a partir do florescimento e frutificação precoces e a presença de flores em baixa altura da planta”.

 

Pode-se concluir que a metodologia de “propagação vegetativa de espécies arbóreas nativas e pomares indoor e outdoor apresenta grande potencial para a conservação e melhoramento genético dessas espécies para fins de resgate de mudas em locais em fase de supressão de vegetação, bem como no reflorestamento comercial e restauração florestal”.

 

Para se ter uma ideia, pesquisadores e analistas de desastres ambientais estimam que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 2019, devastou uma área verde de dimensões quilométricas. Monitoramento feito por satélite pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que “cerca de 270 hectares de mata foram consumidos pela lama”. Para que a floresta destruída seja totalmente recuperada, serão necessários pelo menos cem anos, estima a Fundação SOS Mata Atlântica.

 

Outra tragédia ocorrida em Minas Gerais no final de 2015, de proporções ainda maiores que a anterior, foi o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em que houve grande destruição de áreas de preservação permanente e vegetação nativa de Mata Atlântica.

 

Pode-se, nestes casos vislumbrar um alento para a recuperação de tais áreas devastadas com a tecnologia desenvolvida neste trabalho. Gleidson sente-se orgulhoso com os resultados obtidos nesta primeira etapa de uma pesquisa que irá se estender por mais alguns anos, em seu doutorado. Tem toda razão. Contribuir no desenvolvimento de métodos que visem auxiliar na recuperação de áreas devastadas pela ganância e imprudência do ser humano, merece toda nossa admiração e respeito. As pesquisas desenvolvidas com recursos públicos devem, acima de tudo, ir de encontro aos anseios da sociedade brasileira.

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Novo método de ensino é aplicado no ensino médio e superior em Viçosa http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/novo-metodo-de-ensino-e-aplicado-no-ensino-medio-e-superior-em-vicosa/ http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/novo-metodo-de-ensino-e-aplicado-no-ensino-medio-e-superior-em-vicosa/#respond Fri, 28 Jun 2019 01:58:34 +0000 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/?p=1202 Por Salatiel Olive e Antonio Carlos Vieira

Em um país em desenvolvimento como o Brasil, marcado por profundas desigualdades, a educação é um exercício humanístico e um instrumento essencial para elevação do padrão de vida da população, para a promoção de justiça, saúde e desenvolvimento da democracia.

No entanto, os desafios enfrentados pelo país na educação são enormes, a baixa remuneração dos servidores, as precárias condições dos estabelecimentos de ensino, pais que não participam da educação dos filhos, geram professores frustrados que não exercem com profissionalismo seus deveres. Estes e outros tantos agravantes são desafios para os pesquisadores da área da educação.

Para o professor Álvaro Neves, do departamento de física da UFV e pesquisador da área, há no Brasil um abismo no campo das discussões e ações relacionadas com a educação. “De um lado, há a discussão político-econômica sobre a alocação e gerência de recursos para a educação. No outro extremo, temos um debate abstrato sobre as teorias educacionais, e na realidade, vejo poucas iniciativas centradas no que se deve efetivamente fazer na sala de aula, no que funciona e no que não funciona em sala. Por essa razão, sem desmerecer outras abordagens, escolhi como campo de pesquisa a relação direta com o estudante. Ela envolve a preparação de materiais didáticos para uso dentro e fora da sala de aula, bem como o desenvolvimento das metodologias,” comenta.

Assim, buscando facilitar o processo de ensino e diminuir as dificuldades encontradas, o professor, juntamente com seu grupo de pesquisa, vem desenvolvendo trabalhos e aplicando novos métodos de prática pedagógica. Uma das técnicas utilizadas é a do  ensino ativo, conhecido como “Peer Instruction” (“Instrução pelos colegas”). Essa metodologia foi criada há cerca de vinte anos na Universidade de Harvard pelo professor Eric Mazur, e é uma das ferramentas mais difundidas para o ensino de física. Desde então, ela vem sendo aprimorada por pesquisas, inclusive na UFV, e é hoje aplicada com sucesso em diversas áreas, como Engenharia e Literatura, tanto em escolas de classe alta, quanto em escolas das classes média e baixa, em universidades e diversas escolas de nível médio.

O método Peer Instruction (PI) pode ser entendido da seguinte maneira: “o professor começa a aula fazendo uma exposição curta, de 7 a 10 minutos, sobre um tópico que o aluno estudou independentemente antes aula. Em seguida, o professor propõe uma questão qualitativa e concreta sobre o assunto. Cada estudante responde individualmente. Quando há uma divergência significativa nas respostas, a questão é debatida em pequenos grupos, essa é a ‘instrução entre colegas’. Usualmente, a explicação de um para o outro colega é muito mais efetiva e estimulante que a fornecida pelo professor. Por fim, os alunos respondem novamente à questão e o professor constrói com a turma a resposta correta, partindo dos argumentos apresentados. A aula prossegue dessa forma (exposição, debate e explicação), tratando-se de outros tópicos relevantes, estudados previamente. Nesse processo, além de praticar o que está  se estudando e de aprender com os colegas, o aluno informa ao instrutor quais são as suas dificuldades específicas. Dessa maneira, o professor toma conhecimento da efetividade da sua exposição e do conhecimento dos alunos, podendo prontamente fazer as correções necessárias. Ademais, o estudante pratica habilidades cruciais como trabalhar em grupo e como aprender a partir das fontes fundamentais, como o livro-texto”, disse.

Convencido  de que tal método facilita o ensino em qualquer área, mas principalmente no campo da física, o pesquisador Álvaro, conduziu um experimento científico sobre a metodologia Peer Instruction (PI) na Escola Estadual Doutor Raimundo Alves Torres, do município de Viçosa (MG), no ano de 2009. Neste experimento um dos pesquisadores do grupo, Aloísio Oliveira, estudante do último ano do curso de Física, aceitou o desafio de lecionar para duas turmas do terceiro ano do ensino médio da referida escola. “O experimento tratou do ensino de magnetismo, conforme as diretrizes curriculares. Nas duas turmas utilizou-se o mesmo tempo de aula, o mesmo livro-texto, as mesmas demonstrações experimentais. Só a condução da aula era diferente, pois em uma turma utilizou o método tradicional de ensino, baseado em exposições do professor, enquanto na outra empregamos o PI”, comentou Aloísio.

Para provar a eficácia do método, foi aplicada uma avaliação antes da primeira aula, em que se identificou que as duas turmas tinham, inicialmente, conhecimentos e habilidades estatisticamente idênticas. Entretanto, depois de dois meses de instrução esses grupos foram submetidos a uma nova prova e tiveram notas consideravelmente diferentes: a turma PI teve notas 50% maiores em comparação com a outra turma. “Ainda mais impressionante, apesar das aulas PI tratarem apenas de conceitos, não da resolução de problemas, a turma que utilizou essa metodologia superou a outra por uma margem ainda maior na resolução de problemas. Tais fatos sugeriram que estávamos promovendo um aprendizado verdadeiro, não um treinamento para a resolução em determinado tipo de prova”, comentou o professor.

A utilização do Peer Instruction vem aumentando consideravelmente no país. Ele já é utilizado no Departamento de Física da UFV por três professores, em duas disciplinas. Recentemente, passou a ser utilizado também no Departamento de Letras, na disciplina de Inglês. Fora da cidade e do campus universitário de Viçosa, o método vem sendo utilizado no Departamento de Física e de Ciências Sociais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com vários professores no Centro Universitário Salesiano de São Paulo – Unisal.

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Ação de medicamentos, drogas e metais pesados no sistema reprodutor humano é tema de várias pesquisas na UFV http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/acao-de-medicamentos-drogas-e-metais-pesados-no-sistema-reprodutor-humano-e-tema-de-varias-pesquisas-na-ufv/ http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/06/28/acao-de-medicamentos-drogas-e-metais-pesados-no-sistema-reprodutor-humano-e-tema-de-varias-pesquisas-na-ufv/#respond Fri, 28 Jun 2019 01:46:59 +0000 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/?p=1197 Por Salatiel Olive e Antonio Carlos Vieira

Quando da implantação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em 1978, foi criado o Departamento de Biologia Geral (DBG).

 

Desde a sua criação, o DBG se destaca pela brilhante contribuição às atividades de ensino para inúmeros cursos da UFV, além de desenvolver projetos relevantes em extensão e pesquisa, atestados pelo acentuado número de artigos científicos publicados pelos seus docentes.

 

O professor Sérgio Luis Pinto da Matta, doutor em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), faz parte do quadro de pesquisadores do DBG e, além das atividade de ensino para a graduação, atua na orientação de estudantes de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado.

 

Atualmente, coordena o Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal e também é coordenador do Biotério Central, de onde são obtidos os animais, ratos e camundongos, utilizados em projetos de pesquisa de toda UFV.

 

Conversamos com o professor Sérgio a respeito de projetos de pesquisa em andamento no Laboratório de Biologia Estrutural do DBG, que nos falou sobre alguns trabalhos em desenvolvimento, por exemplo, um que trata da análise da ação de diferentes metais pesados como cádmio, chumbo, níquel, cromo e arsênio aplicados em doses mínimas, uma comparação de toxicidade reprodutiva.

 

“Este projeto tem como objetivos comparar a toxicidade de diferentes metais, quando fornecidos na mesma dosagem, em parâmetros reprodutivos e hepáticos dos animais. Assim, pode-se entender o porquê de alguns metais serem mais tóxicos que outros e quais os principais órgãos-alvo, e quais as funções corporais mais afetadas”, disse-nos o professor.

 

Outra pesquisa em andamento diz respeito à ação da melatonina na reprodução de roedores. Segundo o pesquisador, “a melatonina, hormônio da glândula pineal, é liberado à noite, estimulando o sono. Há uma relação da sua liberação com a redução ou ausência de luminosidade. Porém, há certas profissões que trocam a noite pelo dia, interferindo na liberação desse hormônio. Assim, estamos testando sua ação em animais, em períodos diurnos e noturnos, visando descobrir se estas alterações interferem na vida reprodutiva dos animais e, por extensão, em humanos.”

 

Outra observação feita pelo professor Sérgio é sobre a pesquisa em andamento que visa analisar a ação da Ritalina na reprodução de ratos machos. “A ritalina tem sido largamente utilizada por parcelas crescentes da população, particularmente pelos jovens. Para entendermos sua ação na reprodução masculina é que iniciamos este estudo, ainda em fase de coleta de dados. Além deste estudo inicial, pretendemos trabalhar com diferentes faixas etárias dos animais, pois este medicamento tem sido utilizado inclusive por crianças”, disse ele.

 

Dentre muitos trabalhos concluídos, solicitamos ao professor Sérgio que nos apresentasse alguns resultados relevantes obtidos em suas pesquisas até então. Ele destacou alguns, como:

 

. Plantas medicinais, usadas como afrodisíacos por parcelas da população, mostraram-se tóxicas aos testículos, reduzindo a possibilidade de fertilidade.

. Metais pesados interferem na reprodução masculina, mesmo em pequenas quantidades.

 

. Ação de agrotóxicos nas funções vitais e reprodutivas de morcegos, e sua interferência negativa na natureza.

 

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Mineradoras causam grandes impactos ambientais: os principais desastres no Brasil http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/05/16/mineradoras-causam-grandes-impactos-ambientais-os-principais-desastres-no-brasil/ http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/05/16/mineradoras-causam-grandes-impactos-ambientais-os-principais-desastres-no-brasil/#respond Thu, 16 May 2019 13:45:27 +0000 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/?p=664
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Por Salatiel Olive e Antonio Carlos Vieira

Não é de hoje que os tão falados desastres ambientais, também conhecidos como catástrofes ocorrem em todo o planeta. As causas vão desde simples acidentes a grosseiros erros humanos, incentivados pelos mais diversos motivos, como a gula financeira com que grandes empresas investem seus recursos nas minerações, seja por descuido na avaliação de riscos. Verdade é que, esses acontecimentos deixam marcas indeléveis para os habitantes da região por eles atingidos, bem como ao meio ambiente, cuja recuperação pode durar décadas ou séculos para acontecer.

É do conhecimento de todos que a história da mineração no Brasil se inicia, praticamente, desde o seu descobrimento pelos portugueses. Transformada anos depois em atividade socioeconômica com as expedições chamadas de entradas e bandeiras, quando o interior de nosso território passou a ser vasculhado em busca de metais valiosos e pedras preciosas.

Em função da mineração o país passou por sensíveis transformações econômicas, muito embora tais modificações não tenham alterado a estrutura de trabalho vigente. Os ricos e os homens livres que compunham a classe média continuaram sendo os únicos beneficiados.

No Brasil, os principais metais explorados são, o ferro, extraído dos seguintes minérios, magnetita, hematita, limonita e siderita, encontrados em larga escala no país, o que o torna a quinta maior reserva do mundo. O Quadrilátero de Ferro de Minas Gerais é a principal área produtora de minério de ferro do Brasil, responsável por aproximadamente 75% da produção nacional. Com 8.000 km2 essa área abrange as cidade de Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Itabirito, Ouro Preto, Mariana e Santa Bárbara. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) é a maior empresa produtora de minério de ferro do Brasil, fornecendo tanto para o mercado externo quanto para o interno.

Além do ferro, o Brasil possui a sexta maior reserva do mundo de manganês, estando as principais jazidas localizadas na Serra dos Carajás (PA) e no Quadrilátero do Ferro (MG).  Ocupa também a 3ª posição em reserva de alumínio, que tem a bauxita como o principal minério. Os depósitos estão localizados aos redores da região Amazônica, Amapá, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

É importante salientar que a mineração é um dos setores fundamentais da matriz econômica de muitas cidades brasileiras, ressaltando-se também que, qualquer que seja o local onde a mesma é realizada, é uma atividade temporária que resulta muitas vezes em enormes impactos ambientais e sociais.

 

Reportamos aqui material publicado que apresenta relevantes informações sobre mineração. “Os recursos minerais são a concentração de rochas e/ou minerais, economicamente viáveis, em uma determinada região do planeta. Elas se apresentam sob a forma metálica, como: ferro, cobre, alumínio, chumbo, ouro; ou não metálica, como areia, granito, basalto e calcário; ou mesmo nos estados sólido, como o carvão; líquido, como o petróleo; e gasoso, como o gás natural.

São encontrados no subsolo e são importantes para as indústrias porque são a matéria-prima para a criação de bens de consumo que você encontra no dia a dia, desde equipamentos cirúrgicos, utensílios domésticos, materiais de construção, equipamentos de informática e comunicação, produção de medicamentos, fabricação de joias e fonte de energia – o creme dental que você usa e o sal que você tempera os alimentos fazem parte desses minerais.

A mineração é o processo de extração de minerais, metálicos ou não metálicos, na natureza, em seu estado bruto. As principais etapas da mineração dividem-se em pesquisa e exploração, lavra e o beneficiamento do mineral.

A mineração pode causar impactos sérios, às vezes, irreversíveis, ao meio ambiente – desde a água, o ar, o solo e a natureza – e à vida das pessoas que vivem próximas à região em que está localizada, ou diretamente àqueles que trabalham para ela, a maioria, vítimas de câncer ao longo dos anos, como mineiros que exercem atividades em minas de amianto e carvão.”

O próprio nome do estado retrata que a mineração é uma das atividades econômicas mais importantes de Minas Gerais. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), há hoje mais de 300 minas em operação no estado, entre as quais se incluem as 57 que compõem o quadro das duzentas maiores do país.

Dado o elevado número de pontos de extração, Minas responde por 53% dos metais metálicos extraídos no Brasil e 29% dos minérios produzidos.

A elevada demanda por minério de ferro, em que Minas desponta como maior produtor, faz do estado um dos maiores exportadores, responsável por 46,5% do total exportado pelo país.

Se por um lado, a geração de divisas para o estado e municípios que se beneficiam da exploração de metais traz vantagens para a sociedade, por outro, coloca-os em situação de permanente alerta diante das catástrofes que têm vitimado milhares de pessoas e produzido uma degradação ambiental de dimensões estratosféricas.

Em 2016, aconteceu em Mariana (MG) aquela que é considerada a maior catástrofe ambiental da história do Brasil, segundo a ministra do Meio Ambiente à época, Izabella Teixeira, ressaltou também que o impacto da mesma na flora e nas atividades econômicas é alarmante. A ictiofauna na bacia do Rio Doce em virtude dos rejeitos oriundos do rompimento das barragens sofrerá danos irreversíveis.

As autoridades governamentais sustentam que estão trabalhando para reduzir tais impactos e diversos pesquisadores têm se empenhado no estudo dos efeitos da tragédia sobre o ecossistema. Resultados parciais têm sido divulgados tanto na imprensa como em revistas acadêmicas.

Sobre o desastre de Mariana informações mais precisas podem ser obtidas na edição web do Jornal da UNICAMP.

Tivemos oportunidade de conversar com o professor Jorge Dergham, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal de Viçosa, pesquisador em Biologia da Conservação de ambientes aquáticos continentais, sobre os danos causados na ictiofauna da bacia do Rio Doce e outras questões.

 

Além da tragédia acontecida em Mariana, Minas Gerais tem um longo histórico de tragédias. Confira abaixo algumas dessas tragédias.

Confira os principais desastres ocorridos em Minas Gerais desde 2000:

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O uso de pilhas alcalinas para degradação de resíduos da indústria têxtil http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/04/25/o-uso-de-pilhas-alcalinas-para-degradacao-de-residuos-da-industria-textil/ http://www.jornalismo.ufv.br/focca/2019/04/25/o-uso-de-pilhas-alcalinas-para-degradacao-de-residuos-da-industria-textil/#respond Thu, 25 Apr 2019 11:59:26 +0000 http://www.jornalismo.ufv.br/focca/?p=190 Por Salatiel Olive

A indústria têxtil desempenha um papel importante na economia de muitos países. No Brasil, esta indústria se destaca entre os oito setores mais importantes da atividade industrial, ocupando os primeiros lugares em empregos diretos e em faturamento. Embora as diferenças tecnológicas entre as pequenas e grandes indústrias sejam bastante significativas, todas têm em comum a particularidade de utilizar grandes quantidades de água em seus processos produtivos. Este fato, associado ao baixo aproveitamento dos insumos (corantes, detergentes, engomantes, amaciantes, etc.), faz com que a indústria têxtil seja responsável pela geração de grandes volumes de resíduos, com elevada carga orgânica e forte coloração.

Os impactos causados pelo descarte inadequado de tais resíduos têm sido uma grande preocupação ambiental nas últimas décadas. Tal inquietação vêm motivando pesquisadores a desenvolverem métodos para minimizar os principais impactos nos leitos dos rios e também nos lençóis freáticos, os quais, recebem grande parcela destes resíduos.

Tais resíduos vêm sendo estudados pela pesquisadora Renata Pereira Lopes Moreira e pela mestranda Mariane Santos Anholeti, do Departamento de Química da Universidade Federal de Viçosa (UFV). “Nós temos trabalhado na síntese de um novo material para degradar corante têxtil, pois esse tipo de resíduo é bastante recalcitrante nos atuais processos utilizados por este tipo indústria. Tal processo é conhecido como lodos ativados”, explica a professora ao comentar sobre a grande quantidade de resíduos produzidos pela indústria e seu baixo nível de degradação.

A professora Renata é coordenadora do Lanaqua (Laboratório de Nanomateriais e Química Ambiental) e vêm desenvolvendo pesquisas na área de nanopartículas bimetálicas de Fe/Ni (Ferro/Níquel). O grupo trabalha principalmente com os corantes têxteis buscando sua remoção dos seus resíduos por meio de sua degradação através de reações com as nanopartículas à base de ferro. No entanto, algumas adaptações, como a incorporação de outro metal, por exemplo o Níquel, nas nanopartículas e seu suporte em materiais, como a quitosana, vêm sendo submetidos a testes de laboratório visando a aplicação dessa tecnologia em escala industrial.

Segundo as pesquisadoras normalmente, a carga orgânica destes resíduos pode ser removida pelos sistemas biológicos convencionais de tratamento, tipicamente pelo sistema de lodos ativados. No entanto, tal processo muitas vezes são ineficazes para a remoção dos efluentes, pois os corantes utilizados no tingimento de fibras têxteis costumam ser resistentes ao tratamento biológico o que confere um problema ambiental significativo, pois os mesmos, não tratados, são lançados nos corpos receptores, e os tais resíduos coloridos acabam atrapalhando a penetração da luz, interferindo no sistema aquático. “Em geral, estima-se que aproximadamente 20% da carga de corantes é perdida nos resíduos de tingimento, o que representa um dos grandes problemas ambientais enfrentados pelo setor têxtil”. Afirma.

Outra desvantagem dos processos de lodos ativados é que para sua aplicabilidade precisa de uma grande área para que as estações de tratamento sejam construídas. Assim, na atual pesquisa, o grupo vem sintetizando um novo material para degradar esses corantes têxteis utilizando-se como base resíduos de pilhas alcalinas, que também são um grande problema ambiental por sua dificuldade de descarte. Portanto, o objetivo da pesquisa tem sido produzir um novo material a partir desses resíduos com um grande valor agregado, pois quando não tratados adequadamente, e lançados em águas naturais, os efluentes provenientes do processo de tingimento de fibras têxteis podem modificar o ecossistema, diminuindo a transparência da água e a penetração da radiação solar, o que pode modificar a atividade fotossintética e o regime de solubilidade dos gases.

Entretanto, admite-se que o maior problema ambiental envolvendo corantes esteja representado pela ampla utilização de azocorantes, espécies químicas de reconhecido efeito carcinogênico e mutagênico. Uma vez que os azocorantes representam cerca de 60% dos corantes atualmente utilizados no mundo, a necessidade de novas tecnologias de tratamento é importante. Várias tecnologias têm sido desenvolvidas para a redução de corantes têxteis, dentre as quais se destacam as fundamentadas na utilização de ferro metálico. “O alerta do nosso trabalho é tentar minimizar o impacto causado pelo rejeite das pilhas alcalinas e pelos resíduos têxtis diminuindo o seu descarte inadequado no ambiente”, diz Renata. Indústrias passaram, com as evidências apresentadas pelos pesquisadores, a se interessar pelo trabalho. “A gente está em busca de parcerias com este tipo de indústria, visando a aplicabilidade da pesquisa em maior escala”, afirma.

A pesquisa se encontra na fase de caracterização deste material, sendo que o mesmo já foi sintetizado, apresentando alta atividade fotocatalítica, destacando o fato de que o mesmo é um fotocatalizador.

Os planos futuros acerca do projeto são os mais promissores possíveis, pois ambos estão conseguindo de forma satisfatória, mesmo que ainda seja em baixa escala, a substituição das estações de tratamento por novas estações mais eficazes, que tenha um tamanho menor e mais eficiente.

Segundo as pesquisadoras, existem muitos estudos em desenvolvimento sobre a utilização desse resíduo como matéria prima em outros processos, mas que a utilização da pilha alcalina como reagente é estimulante. “Como é gerado muito, temos grandes esperanças de poder contribuir com a população e diminuir a degradação do nosso planeta, deixando mais limpo para as gerações futuras”, reflete Renata.

Todos torcemos para que os avanços sejam rápidos e eficazes, trazendo grandes benefícios para a indústria, trabalhadores e população que se beneficia de tais materiais, encontrando soluções fáceis, baratas e que diminuem os riscos para a população futura.

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